Defensora da vida selvagem e especialista em primatas Jane Goodall morre aos 91 anos

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Estados Unidos – A pesquisadora de cabelos brancos que ficou mundialmente conhecida em um vídeo sendo abraçada por um chimpanzé prestes a ser libertado na natureza morreu aos 91 anos, informou o instituto que fundou. Jane Goodall transformou sua paixão de infância pelos primatas em uma missão de vida dedicada à proteção do meio ambiente.

Representantes do Instituto Jane Goodall confirmaram na quarta-feira (1) que ela faleceu de causas naturais na Califórnia, durante uma turnê de palestras, publicou a Reuters.

"O trabalho da Dra. Goodall como etóloga revolucionou a ciência, e ela foi uma defensora incansável da proteção e restauração do nosso mundo natural", declarou o instituto no Instagram.

A primatóloga tornou-se conservacionista e transformou sua ligação com a vida selvagem em uma campanha global, conectando a pesquisa científica ao debate sobre o papel da humanidade na preservação dos chimpanzés, de seus habitats e da saúde do planeta.

Graças à parceria com a National Geographic Society, seu trabalho alcançou o público por meio de filmes, programas de TV e reportagens em revistas.

Goodall se destacou ao dar nomes, e não números, aos animais, reconhecendo personalidades distintas em cada um. Também descobriu que, assim como os humanos, os chimpanzés utilizam ferramentas.

Com o passar dos anos, sua carreira evoluiu da primatologia para o ativismo climático. Ao presenciar a destruição dos habitats, passou a defender ações urgentes contra as mudanças climáticas.

Em 2003, recebeu o título de Dama do Império Britânico e, em 2025, foi condecorada com a Medalha Presidencial da Liberdade nos Estados Unidos.

Nascida em 1934 na Inglaterra, mudou-se para o Quênia, onde trabalhou sob orientação do paleontólogo Louis Leakey e da arqueóloga Mary Leakey em pesquisas com primatas. Fundou a Reserva de Chimpanzés de Gombe Stream, que depois se tornou o Centro de Pesquisas Gombe, na atual Tanzânia. Graças à cobertura da National Geographic, seu trabalho e os chimpanzés tornaram-se conhecidos em todo o mundo.

Em 1977, fundou o Instituto Jane Goodall para apoiar pesquisas em Gombe e promover iniciativas de conservação e desenvolvimento na África. Hoje, a instituição atua em escala mundial, com programas de educação ambiental, saúde e defesa do meio ambiente.

Autora de mais de 30 livros, Goodall acreditava na capacidade humana de enfrentar os desafios ambientais. Costumava afirmar: "Sim, há esperança... Está em nossas mãos, nas minhas, nas suas e nas de nossos filhos. Tudo depende de nós."

O vídeo mencionado no início mostra a libertação do chimpanzé Wounda, um dos mais de 160 que viviam em um centro de reabilitação na República do Congo.

Jane Goodall foi vivida pela atriz Sigourney Weaver no filme "Na montanha dos gorilas".  

Foto: Reprodução/ Dr. Jane Goodall & the Jane Goodall Institute USA

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