Agência reduz nível de alerta de tsunami entre Hokkaido e Okinawa

Tóquio – A Agência Meteorológica do Japão reduziu, na noite de quarta-feira (30), o alerta de tsunami, passando para o nível amarelo, com a orientação para que as pessoas se mantenham distantes do mar e dos rios. O aviso permanece para toda a faixa costeira entre Hokkaido e Okinawa.
O forte terremoto de magnitude 8,7 ocorreu às 8h25 de quarta-feira, na Península de Kamchatka, na Rússia, e gerou alerta de tsunami no Japão e em outros países da região. Ondas de 1,3 metro foram observadas no porto de Kuji (Iwate), publicou a mídia local.
Uma mulher de 58 anos morreu enquanto dirigia seu carro para evacuar. O veículo caiu de um penhasco de 30 metros. A polícia está investigando as circunstâncias do acidente. Outras quatro pessoas ficaram feridas e oito passaram mal.
Perigo persiste
Técnicos da Agência Meteorológica do Japão alertaram que as ondas de tsunami que chegarem após as primeiras poderão ser mais fortes, devido à topografia submarina da região, noticiou a NHK.
O fundo do mar na costa do Japão é formado por uma cadeia de montanhas conhecida como Cadeia de Montes Submarinos do Imperador, com uma extensão de 2.000 quilômetros de sul a norte.
Essa cadeia de montes está a uma profundidade de 6.000 metros, com alguns picos elevando-se a mais de 4.000 ou 5.000 metros acima do fundo do mar. Segundo a Agência, essa topografia pode fazer com que as ondas do tsunami sejam refletidas, tornando-se mais altas à medida que se dirigem ao arquipélago japonês. O fenômeno foi observado após um terremoto em 2006 nas Ilhas Curilas.
Tsunami na América do Sul
A agência de notícias estatal russa TASS divulgou que o Instituto Shirshov de Oceanologia da Academia Russa de Ciências observou que as ondas do tsunami atingiram entre 5 e 6 metros. Citou ainda que várias pessoas ficaram feridas em um aeroporto e em outras partes do país, mas que os feridos não correm risco de morte. Algumas edificações sofreram danos.
Após o forte terremoto, a água do mar invadiu a cidade de Severo-Kurilsk, em Paramushir, uma das Ilhas Curilas, provocando danos a uma unidade de processamento de frutos do mar, segundo o jornal russo Izvestia.
As ondas geradas pelo forte tremor alcançaram grandes distâncias. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico informou que uma onda de 1,74 metro foi observada na Ilha Maui, no Havaí, enquanto o estado da Califórnia registrou uma de 1,13 metro.
O tsunami não atingiu apenas o Japão, mas também regiões bem mais distantes, chegando à América do Sul, segundo a NHK.
Uma onda de quase 1 metro foi registrada nas Ilhas Galápagos, no Equador, e pessoas de nações banhadas pelo Pacífico, como o Chile, foram orientadas a evacuar.
Após o terremoto, o Serviço Geofísico Unificado da Academia Russa de Ciências informou que o vulcão Klyuchevskaya Sopka, na Península de Kamchatka, entrou em erupção. A montanha, com 4.750 metros de altura, é considerada um dos vulcões mais ativos do mundo.
Sistema de alerta de tsunami
- Tsunami Chuihō (津波注意報 – Aviso de Tsunami – amarelo) – Indica que ondas de 20 cm a 1 metro podem atingir a costa. O aviso serve para alertar as pessoas a evitarem entrar no mar e se afastarem das regiões costeiras e ribeirinhas, até que seja suspenso.
- Tsunami Keihō (津波警報 – Alerta de Tsunami – vermelho) – Previsão de ondas de 1 a 3 metros. Indica risco elevado, com ondas perigosas. A recomendação é evacuar imediatamente para locais seguros, como elevações ou edifícios altos.
- Ōtsunami Keihō (大津波警報 – Alerta de Grande Tsunami – roxo) – Indica ondas que podem ter entre 3 e 5 metros, de 5 a 10 metros ou mais de 10 metros. A evacuação é urgente e obrigatória.
Foto: Reprodução/TBS
































