Japão mira salário mínimo de ¥1.500 por hora nesta década, mas empresas acham impossível

Tóquio – Embora o governo do Japão tenha como meta elevar o salário mínimo para 1.500 ienes por hora na década de 2020, uma pesquisa revela que cerca de metade das empresas considera essa meta “impossível”.
Segundo a Tokyo Shoko Research, em uma sondagem com 5.277 empresas, 48,4% responderam que seria impossível aumentar os salários até ¥1.500 em até cinco anos.
Na mesma pesquisa, 15,1% das empresas dizem já ter atingido esse valor ou mais, e 36,3% disseram que acham possível alcançá-lo.
Após o reajuste nacional do salário mínimo para ¥1.121 no mês passado, 56,7% das empresas afirmaram que irão revisar os salários de seus empregados.
Por outro lado, 18,8% declararam que não conseguirão suportar um novo aumento no próximo ano — o que evidencia a dificuldade crescente para acompanhar as metas do governo.
Uma outra pesquisa realizada pela Câmara de Comércio e Indústria do Japão (JCCI) apontou que, entre as pequenas empresas de áreas rurais, 25% consideram impossível atingir a meta de ¥1.500. Além disso, cerca de 20% dos empresários disseram que poderiam encerrar ou suspender suas operações caso a meta fosse imposta rigidamente. jcci.or.jp
Para alcançar a meta de ¥1.500, seria necessário um aumento médio anual de cerca de 7,3%, mais que o dobro da taxa média nos últimos anos, que gira em torno de 3,1%.
Em outubro deste ano, um painel consultivo propôs ao governo um aumento médio de ¥63 no salário mínimo nacional, o que elevaria o valor para aproximadamente ¥1.118. No entanto, esse incremento é apenas uma referência, já que cada província define seu próprio nível.
Os economistas qualificam a meta de ¥1.500 até o fim de 2029 como “ambiciosa”. Para atingi-la, seria necessário um ritmo de elevação anual equivalente a quase ¥90, muito superior às práticas históricas.
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