Mais de 8 mil crianças estrangeiras podem estar fora da escola no Japão

Tóquio – Dados do Ministério da Educação do Japão mostram que mais de 1.000 crianças estrangeiras não estavam matriculadas em escolas locais ou internacionais em maio de 2024.
A situação preocupa as autoridades, que continuam os esforços para compreender melhor a realidade dessas crianças e garantir oportunidades educacionais em todo o país, segundo a agência Kyodo.
No Japão, o ensino para crianças estrangeiras não é obrigatório, mas elas podem frequentar gratuitamente escolas públicas de ensino fundamental e médio, assim como as japonesas, conforme os Pactos Internacionais de Direitos Humanos.
O levantamento revelou 1.097 crianças sem matrícula, número superior ao registrado em 2023 (970) e em 2019 (630), quando o governo realizou esse tipo de pesquisa pela primeira vez.
Foram analisados todos os 1.741 municípios do país. Destes, 74% (1.288) tinham crianças estrangeiras registradas como residentes. O número de crianças em idade escolar fundamental ou média aumentou em 12.663 em relação à pesquisa anterior, alcançando 163.358.
Entre elas, mais de 7.000 tiveram situação não confirmada. Somando os casos sem matrícula e os não verificados, o Ministério estima que 8.432 crianças estrangeiras podem estar fora da escola.
Esse número representa queda significativa em comparação a cerca de 19.000 crianças apontadas na primeira pesquisa.
Em comunicado, o Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia declarou:
"Informaremos as secretarias de educação sobre a situação à medida que ela se tornar mais clara, para garantir o direito à educação das crianças."
Segundo o governo, moradores geralmente recebem informações sobre recursos escolares ao se registrarem em um município. Nesses casos, autoridades locais ligam, visitam residências ou enviam guias de admissão para crianças não matriculadas ou com status indefinido.
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