Japão registra recorde de 294 mil alunos estrangeiros estudando japonês

Tóquio – O total de estudantes estrangeiros que aprendem o idioma japonês no Japão alcançou o recorde de 294.198 no ano passado, segundo pesquisa recente do governo.
Desse total, pelo menos dois terços eram estudantes estrangeiros, com chineses formando a maior parcela na pesquisa realizada em 2.669 instituições de ensino do idioma até novembro de 2024, publicou a Kyodo.
O número também representou um aumento de 31.028 alunos em relação ao levantamento de 2023, o que indica ainda que o país observou um crescimento quase cinco vezes maior em comparação com os números de 1990, segundo o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia.
O total de trabalhadores estrangeiros aumentou nos últimos anos para suprir a escassez de mão de obra, movimento que a primeira-ministra Sanae Takaichi, no cargo desde outubro, agora pretende conter.
A pesquisa do governo abrangeu universidades, escolas de idiomas certificadas, municípios e empresas do setor privado que oferecem aulas de japonês.
O levantamento constatou também que aulas de japonês não eram oferecidas a estrangeiros em 38,2% das 1.892 áreas abrangidas em todo o país, com exceção daquelas voltadas para estudantes.
Além dos estudantes, que compuseram a maior parte dos alunos, os demais eram trabalhadores, acompanhantes de familiares e participantes do programa governamental de transferência de habilidades.
Por nacionalidade, 78.821 eram da China, seguidos por 45.821 do Nepal e 33.547 do Vietnã.
A pesquisa mostrou ainda que, entre os 50.309 professores, a maioria atuava como voluntária, com apenas 13,6% trabalhando em tempo integral.
Há municípios que enfrentam dificuldades para garantir acesso ao ensino de japonês para residentes estrangeiros, pois existem 170.455 pessoas vivendo em áreas consideradas “vazias”, sem salas de aula para não estudantes.
Hyogo foi a única entre as 47 províncias do país que não registrou áreas desse tipo. A porcentagem de regiões sem instalações de ensino foi alta em províncias como Okinawa (80,5%), Tottori (73,7%) e Hokkaido (70,7%).
Foto: Banco de Imagens






























